Olá viajante!
Antes de ler o texto de hoje, já dá o play na música temática do dia:
Como você está? Espero que a temporada de Áries esteja te colocando em ação.
E por falar em ação, quero te fazer uma pergunta importante:
Alguma vez você já teve uma ideia tão incrível mas por querer planejar/estruturar demais essa ideia acabou deixando ela perdida em uma gaveta?
E quando viu, uma pessoa lá de um lugar aleatório que não tinha a menor chance de te conhecer foi lá e implementou essa ideia que era idêntica a sua? E o pior: deu super certo e ela ficou conhecida mundialmente, criou um negócio transformador e ganhou muito dinheiro.
Vou te contar uma coisa: isso acontece a todo momento. Já aconteceu com você, comigo, com as pessoas que você conhece e até aquelas desconhecidas.
Eu sei bem o quanto é frustrante.
A autora Elizabeth Gilbert em seu livro Grande Magia (um dos meus preferidos sobre a temática de Criatividade) explica sua crença que faz muito sentido sobre “ideias roubadas”.
Ela acredita que “o nosso planeta é habitado por ideias - como se fossem animais, planetas ou vírus. E essas ideias são uma forma de vida energética, incorpórea. São completamente separadas de nós, mas capazes de interagir conosco. Elas não têm um corpo material, mas têm consciência e vontade própria. São movidas por um só impulso: o de se manifestar. Mas a única forma com que conseguem sair do reino etéreo e se materializarem aqui na Terra é por meio da colaboração com um parceiro humano. Portanto, as ideias passam a eternidade rodopiando a nossa volta, buscando parceiros humanos disponíveis e receptivos.
Quando uma ideia acredita que encontrou alguém que talvez possa trazê-la para o mundo, ela começa a chamar a atenção dessa pessoa. Uma série de sincronicidades começam a acontecer na vida desse escolhido, até que um belo dia a ideia pergunta para essa pessoa: “Quer trabalhar comigo?”.
E nesse momento duas coisas podem acontecer: se a pessoa disser não, ela vai embora buscar outro parceiro para colaborar nessa missão de se materializar no planeta. Simples assim. E aí um belo dia você verá a “sua ideia” sendo realizada por outrem.
Ouso adicionar a minha crença à teoria de Elizabeth: o que acontece quando dissemos “sim” para a ideia e a deixamos em “banho maria”.
A pessoa aceita ser a colaboradora para a ideia se manifestar no mundo, mas fica meses (quiçá anos) planejando e estruturando para a ideia “estar perfeita”.
E a verdade é que ela nunca sentirá que a ideia está pronta.
Criei uma expressão para essa situação: queimar a pizza.
Vou te explicar: alguma vez você já foi cozinhar alguma coisa e o prato “passou do ponto” no forno/fogão?
Esses dias fui assar uma daquelas pizzas prontas no forno e perdi a noção do tempo. Já imagina o que aconteceu né? A pizza queimou.
E é exatamente isso que acontece com as ideias que você deixa em banho maria ou fica planejando infinitamente: elas passam do ponto.
Essa semana atendi uma cliente que passava exatamente por isso: deixou várias ideias passarem do ponto e queimarem no forno da vida por não achar que elas estavam boas o suficiente.
Ela não foi a primeira que atendo com esse desafio. E definitivamente não será a última.
Uma das maiores razões disso acontecer é pelo tal do “perfeccionismo”: de achar que precisamos fazer mais um curso, ler mais um livro, planejar mais um detalhe antes de dar a luz ao nosso projeto/ideia.
Como diz a própria Elizabeth Gilbert:
“A vida tem uma regra simples e generosa: você melhorará em tudo aquilo que praticar”.
Leve isso para a sua vida: para uma ideia se tornar melhor, você precisa fazê-la nascer no mundo e testar.
Se tivesse que revelar um dos maiores “segredos” que me fazem ter sucesso como empreendedora desde o primeiro mês que abri o meu CNPJ é essa: a minha capacidade de testar e me reinventar.
Empreender é dinâmico. Não tem condição de ficarmos meses (ou anos) presas a uma ideia que sequer testamos e todo o nosso negócio depender dela para ir pra frente.
Esses dias me perguntaram:” como você consegue criar tantos cursos/projetos incríveis?”.
Imagino que a pessoa esperava por uma resposta com uma fórmula mágica ou a sugestão de um curso/livro que fiz e me fez adquirir essa habilidade. Mas a verdade é que não foi nada disso.
Hoje só consigo ter essa habilidade de criar (e implementar) projetos incríveis porque já errei muito. Porque aprendi a testar para ter a chance de errar e corrigir o meu erro ao longo da jornada. E porque faço isso repetidamente todos os dias por anos.
Escolhi monetizar a minha criatividade, que na minha visão é a nossa capacidade de pensar em novas soluções para velhos problemas por meio do nosso repertório ou experiências.
Então minha missão diária é basicamente encontrar novas soluções para os problemas que minhas clientes passam nos negócios delas.
Claro que de forma autêntica, com uma pitada de astrologia e muito da minha essência.
Quem já passou por uma mentoria comigo (sozinha ou junto da parceria com a Elana) sabe o quanto acredito em metodologias como forma de direcionamento. E aqui vale ressaltar que essas metodologias não são para engessar o processo e sim para criar um passo a passo.
Por isso defendo tanto a criação de metodologias autorais: seus estudos, repertório e experiências unidos para criar algo que representa a sua visão de mundo.
Novamente: todas as metologias autorais que criei foram fruto de muitos testes e experimentação, até chegar na versão que é hoje - que aliás ainda dá pra melhorar muito, mas esse refinamento só pode acontecer com o projeto lançado.
Como fã de F1, vou trazer uma exemplo automobilístico aqui para ilustrar esse tema: quando finaliza uma temporada de corridas, cada equipe mergulha no projeto de melhoria do seu carro de corrida, ajustando coisas que deram errado na temporada passada e pensando em novas soluções.
Então acontece esse lançamento dos novos modelos de carro que as equipes acham que será super competitivo e está melhor do que a versão anterior.
Mas sabe o que precisa acontecer para saber se esse carro realmente está competitivo? Eles precisam ser pilotados e colocados em ação. E não só com testes internos, mas batalhando pelo pódio ao lado dos carros de outras equipes.
E na vida real da F1 vemos vários problemas acontecerem e os carros sendo ajustados ao longo de cada corrida.
Imagina só se eles ficassem segurando o lançamento de cada carro para ele estar perfeito? Não existiriam as corridas de F1 pois sempre tem algo para melhorar.
O refinamento acontece na travessia, então dê o primeiro passo.
Antes de pintar o teto da Capela Sistina, Michelangelo pintou muito rodapé de igreja e rasgou muitos papéis de rascunhos.
Perfeccionismo é o seu medo disfarçado.
Medo de não ser boa o suficiente, de não dar conta, do julgamento, de errar e até mesmo de dar certo.
Mas para finalizar, vou te revelar outro segredo: o medo a gente só supera quando enfrenta ele com coragem (que nada mais é do que seguir o nosso coração).
Então pega aquela ideia que está pulsando no seu coração e implementa: por fases. Não precisa ser um projeto megalomaníaco. Para ter o castelo pronto é preciso colocar o primeiro tijolo.
E essa é sua missão nessa temporada de Áries: colocar os primeiros tijolos.
Você pode sim precisar de ajuda nesse processo e está tudo bem. Então permita-se ser ajudada por outras pessoas (e até mesmo profissionais), mas não espere essa ajuda cair no seu colo - busque por ela.
E o primeiro tijolo de todos é montar um plano de ação e já executar a primeira dessas ações.
Eu fiz isso ontem: lancei para o mundo o “save the date” do lançamento da minha Mentoria em grupo Bússola Astrodireção (que inclusive é um refinamento do curso de mesmo nome que dei em janeiro de 2022 - olha aí as experimentações que deram certo).
Então no dia 12 de abril esse projeto será lançado para o mundo e terei a chance de refiná-lo ainda mais ao longo do seu andamento.
E outros projetos estão sendo executados nos bastidores e logo você saberão de tudo.
Então convido você a fazer o mesmo e começar com um primeiro passo aquela ideia que está guardada na gaveta.
E que a energia de Áries te impulsione nessa jornada.
Ps - viu que todos os personagens que usei nos gifs têm uma energia ariana: Blair Waldorf, (com uma boa lua em virgem e ascendente em libra), O Pestinha (que tem uma boa lua em escorpião e Asc em Sagitário), Daenerys Targaryen (com um ascendente em áries também e lua em sagitário) - sou dessas que monta mapas na minha cabeça dos personagens de filmes, livros e séries.
Um abraço bem caloroso,
Cynira Helena - uma eterna experimentadora da vida
Amei o texto!! Gratidão!