Olá viajante!
Como você está nessa Lunação de Áries?
Antes de continuar, já dá o play na música tema do dia:
Imagino que os últimos dias tenham sido agitados e transformadores.
Sabia que no dia 23 de Março Plutão adentrou os territórios de Aquário e que essa configuração astrológica vai impactar a todos nós? Tanto a nível individual quanto coletivamente.
Se perdeu a edição dessa minha Newsletter Soul Vacation sobre Plutão, clica aqui para ler.
Um breve resumo sobre Plutão
Para te ajudar a lembrar, Plutão na Astrologia é quem governa as profundezas da alma e fala sobre a nossa capacidade de regeneração, transmutação e poder.
As influências dele são profundas e duradouras, já que ele é o planeta com a órbita mais lenta e por isso passa mais tempo em cada signo até completar a viagem pelo zodíaco.
Plutão é o guardião da “noite escura da alma” - termo que tem origem no poema do místico espanhol São João da Cruz, que descreveu sua própria experiência de crise espiritual.
O poeta diz que a noite escura é um processo necessário para a purificação e a transformação da alma, em que somos chamados a enfrentar os nossos próprios medos e sombras.
Tenho certeza que muitos vão sentir um pavor profundo só de pensar em enfrentar os próprios medos e sombras - e eu me incluo nessa lista.
O seu humano vive uma relação dual de medo e fascínio por tudo aquilo que é desconhecido.
A pergunta é: qual dos dois vai se sobressair na sua vida?
A minha noite escura da alma
A primeira vez que li essa expressão foi aos 11 anos de idade quando -por uma sincronicidade do Universo - achei um livro que se chama “Brida”, na estante da madrinha da Paula (minha irmã mais nova).
Ela morava em uma casa que era o verdadeiro paraíso para uma jovem leitora voraz como eu - tinha uma espécie de biblioteca que estava sempre abarrotada de livros. Claro que a cada visita, eu passava horas a fio me encantando com a magia literária.
Um belo dia - que não lembro exatamente qual, mas tenho certeza que tinha 11 anos de idade - enquanto fuçava os livros, um exemplar literalmente pulou nas minhas mãos - Brida, de Paulo Coelho. A capa logo me chamou a atenção pois tinha uma fogueira que me deixou completamente hipnotizada.
Quando li a sinopse, foi encantamento profundo:
Um romance inspirador que mistura amor, paixão e espiritualidade. Brida é uma garota apaixonada por magia, mas que busca algo além. Isso a leva a conhecer pessoas muito especiais, como um sábio que a ensina a confiar na bondade do mundo e uma mulher que lhe mostra a importância de buscar seu dom e sua alma gêmea.
Adendo: naquela fase eu vivia uma relação de conexão profunda com o universo das bruxas: meu último aniversário tinha sido com a temática do Halloween (a festa, não o filme) e eu tinha certeza que vinha de uma antiga linhagem de bruxas - outro dia conto mais sobre o que descobri dessa hipótese.
Na hora peguei o livro, sentei na poltrona e li compulsivamente. Quando era a hora de ir embora, marcava a página que tinha parado para continuar na próxima visita semanal a casa da biblioteca. Foram semanas consumida por essa conexão profunda com o livro.
Sabe porquê estou contando tudo isso? Pois esse livro foi uma preparação para minha jovem adolescente enfrentar a primeira “noite escura da alma” que seria precoce em sua vida: menos de 4 anos depois de descobrir o livro.
Durante a sua jornada espiritual, Brida precisa enfrentar a “noite escura da alma” através de provas e desafios propostos pelos seus mestres para compreender o seu destino e reencontrar a sua verdade.
Um deles me marcou muito, mas não vou contar tudo aqui para não dar spoiler do livro (aliás, recomendo a leitura). O que posso dizer é que ao enfrentar a noite escura da alma, Brida se torna mais forte, mais consciente e mais conectada com seu propósito de vida.
E foi exatamente o que aconteceu comigo.
1º de julho de 2005
Esse era o dia que enfrentaria pela primeira vez a minha noite escura da alma.
O Universo já começou a me trazer sinais no dia anterior: tive pesadelos intensos e jurava para a minha mãe que vi uma criatura do mal no quarto me assombrar.
Se foi minha imaginação ou não, o que posso dizer é que o que aconteceria no dia seguinte mudaria a minha vida e da minha família para sempre.
Eu literalmente morri. E recebi uma oportunidade divina de ter uma nova chance aqui na Terra.
Essa morte - não só para mim, mas para a minha família e amigos - foi o início da minha primeira “noite escura da alma”, desafio que me tornaria mais forte, consciência e muito mais conectada com o meu propósito.
Nesse dia fui com um grupo de amigos no cinema da minha cidade do interior e na volta para casa - que era menos de 4 quarteirões - fui atropelada por um motorista embriagado - que subiu na calçada em que eu estava.
Naquele instante fiquei totalmente inconsciente e algo profundo aconteceu na minha vida que me transformou para sempre.
E tenho certeza que tudo isso tem as influências de Plutão.
Bom, mas essa Newsletter já ficou grande demais e é bem desafiador para mim falar desse assunto, então vou respeitar a minha intuição e continuar a Parte 2 nessa sexta-feira (um extra pra essa semana).
Que as energias de Plutão te tragam coragem para encarar as suas próprias sombras.
Um abraço,
The Dark Side of Cynira Helena ;)
ps - amo colocar referências do mundo da música, arte e literatura. Use sua energia de plutão para desvendá-las.
Amei o texto, no aguardo para a segunda parte na sexta.