Labirinto Encantado - Fechando o Portal

O capítulo final dessa jornada cósmica

Preparação

Se você não leu a primeira parte dessa história, clica aqui para entender tudo.

Se já leu, pega seu café/chá/drink e vem comigo desvendar o capítulo final dessa saga mágica repleta de sincronicidades.

E já dá o play na música tema dessa história:

O Retorno

Toledo, Outubro de 2023

Cheguei em Toledo sob o manto de uma tarde fria. As ruelas de paralelepípedos ecoavam histórias ancestrais, e eu, envolta em uma mistura de entusiasmo e respeito, me preparava para desvendar os mistérios que o universo estava prestes a revelar.

As vielas sinuosas, testemunhas de eras passadas, ganharam vida diante dos meus olhos. Catarse e sensações físicas, familiares de 16 anos atrás, retomaram seu lugar. O corpo arrepiava, as borboletas sagitarianas dançavam no estômago, e eu sabia que a cidade, como uma amiga íntima, estava pronta para me conduzir novamente por seu labirinto encantado.

Ao cruzar o Alcázar, visões de uma vida passada surgiam. Eu usava vestes que ecoavam outras eras, imersa na agitação da praça central. A cidade, meticulosamente preservada, estava impregnada de uma aura que transcendia o tempo.

O amuleto, companheiro fiel, repousava em meu pulso, vibrando com uma energia que se alinhava à da cidade. Ele havia se tornado um elo entre mim e os mistérios que Toledo guardava. Enquanto eu caminhava pelas vielas estreitas, a conexão se intensificava, guiando-me intuitivamente.

O entusiasmo, agora misturado com uma curiosidade aguçada, pulsava em cada passo. Toledo falava diretamente à minha alma, orientando-me por ruelas antes desconhecidas. Era como se a cidade soubesse que eu tinha voltado para desvendar mais uma camada de seus segredos.

Aquela tarde no portal energético de Toledo foi repleta de significados, sinais e magia. Muitas das minhas perguntas e questionamentos foram revelados. De uma forma sutil, invisível para a maioria, mas que falava diretamente com a minha alma.

Foto de arquivo pessoal tirada exatamente nesse retorno mágico à Toledo

O Reencontro Cósmico

Madrid, o dia seguinte

De volta a Madrid, a experiência de Toledo ainda pulsava em minhas veias quando, por uma cartada do destino, recebi uma mensagem de S. Decidimos nos encontrar.

Combinamos de ser exatamente na hora do pôr do sol.

O encontro aconteceu na Puente de Toledo, uma ponte que conecta mundos, e a sincronicidade era inegável.

Ao nos vermos após 16 anos, o tempo pareceu congelar. A energia entre nós pulsava, uma mistura de curiosidade e conexão. Rimos de nós mesmos, de como parecia que apenas alguns minutos haviam se passado desde a última vez que nos vimos.

S compartilhou suas próprias sincronicidades, eventos entrelaçados que ecoavam aos meus. Ambos éramos como peças de um quebra-cabeça cósmico, e as nossas histórias se encaixavam com muita combinatividade. A Puente de Toledo, testemunha silenciosa da nossa jornada compartilhada, tornou-se o cenário para relembrarmos os mistérios vividos em Toledo 16 anos atrás.

Foto de arquivo pessoal da Puente de Toledo onde aconteceu esse reencontro

Entre Luzes e Sombras

Em uma noite estrelada, S e eu decidimos explorar Madrid juntos, buscando respostas nos traços de suas ruas iluminadas. A Fuente de Netuno, serena sob a luz da lua, serviu como testemunha de uma troca de experiências que transcendiam o tempo.

S revelou que, após o episódio em Toledo, ele sempre pensou no amuleto que me deu. Aquela pulseira, agora envolta no meu pulso, era a ligação tangível entre dois viajantes do tempo.

S compartilhou suas próprias epifanias, sua jornada guiada por sincronicidades que ecoavam as minhas.

Caminhamos então até a Puerta del Sol, o coração vibrante da capital espanhola.

Com seus prédios imponentes e a movimentada Plaza Mayor ao fundo, Madrid era uma sinfonia de luzes e cores. S e eu, maravilhados pela atmosfera efervescente, decidimos explorar os arredores da Puerta del Sol, onde o antigo se mistura com o contemporâneo.

Presentes na Noite Madrilena

Então agora era a minha vez de presentear S com um amuleto. Abri a minha bolsa e tirei um pacote. Entreguei a ele um presente embrulhado em papel dourado. Um novo amuleto, uma representação física das sincronicidades compartilhadas e dos mistérios decodificados. Era como se estivéssemos trocando chaves para novos portais, prontos para desvendar mais mistérios cósmicos.

Envoltos em uma espécie de universo particular, perdemos a noção do tempo.

Até que finalmente nos demos conta de que tinha chegado a hora de nos despedirmos novamente.

Ao nos despedirmos, S segurou minhas mãos com firmeza, seu olhar refletindo o entendimento mútuo de que, embora nossos destinos nos levassem para diferentes horizontes, estávamos ligados por fios invisíveis que transcenderiam o mundo físico.

“Carmen,” ele disse suavemente, “eu não acredito em coincidências. Nossos caminhos se entrelaçaram como rios convergentes, criando uma tapeçaria única. Esta cidade, este momento, são peças fundamentais dessa tapeçaria cósmica. Lembra-se de quando nos conhecemos a 16 anos atrás, do mistério que vivemos, do amuleto que te presenteei e da promessa implícita de um reencontro em outra página deste livro mágico?”

Assenti com um sorriso, o amuleto no meu pulso irradiando energia.

S retirou do bolso um pedaço de papel, envolto em uma fita antiga, e o colocou em minhas mãos.

“Um presente para selar nossa jornada nesta página,” disse ele. “Algo para lembrar que, mesmo quando os ventos nos levarem para longe, nossa conexão transcende os limites do tempo e espaço.”

Guardei o pedaço de papel em minha bolsa, pois queria preservar o elemento surpresa.

Abracei-o, sentindo a troca de energia que transcendia palavras. Cada despedida era um prelúdio para um novo capítulo em nossas vidas, com a esperança de uma nova surpresa do destino.

Com a cidade pulsando ao nosso redor, nos afastamos, levando conosco as memórias de uma noite mágica. Eu, com o pedaço de papel guardado na bolsa, e S, com a certeza de que nossos caminhos se cruzariam novamente no vasto palco do universo.

E assim, sob o céu madrileno, nos dispersamos, levando conosco a chama de um encontro singular e a magia que só uma cidade como Madrid poderia conceder aos viajantes do tempo.

Foto de arquivo pessoal da Fuente de Neptuno, que trouxe inspiração para esse reencontro

Clarões de Conhecimento

No meu último dia em Madrid, enquanto a cidade dormia, fui tomada por clarões de conhecimento.

Enquanto caminhava sozinha pelos arredores do Parque del Retiro, visões de uma vida passada em Toledo ganharam clareza. Eu me via em meio a uma multidão na praça central, usando roupas que eram vestígios de eras antigas.

A chuva começou a cair, purificando a cidade e minha alma. Cada gota era uma bênção, uma confirmação de que ciclos haviam sido fechados e um novo capítulo começaria. As águas da Fonte Netuno, testemunhas silenciosas do nosso encontro, refletiam a transformação que ocorria dentro de mim.

Ao deixar Madrid, carregava mais do que lembranças e presentes. Levava comigo a certeza de que alguns encontros são como portais, abrindo caminhos em nossas vidas que nos levam a uma nova espiral de evolução. Toledo, com sua magia imortal, deixou uma marca indelével em minha alma, e eu, grata por cada mistério decifrado, segui em frente, pronta para as próximas páginas do meu livro cósmico.

Mas não sem antes me acomodar na poltrona do avião que me levaria para o próximo destino e finalmente abrir o pedaço de papel com o bilhete que S me entregou:

“Querida Carmen,

Neste ponto de convergência, onde nossos caminhos se entrelaçaram como rios que compartilham águas de destinos distintos, deixo estas palavras como uma suave brisa a inspirar tua jornada.

Cada rua de Madrid que percorremos juntos tornou-se uma linhagem na tapeçaria de nossa história. O amuleto que te entreguei e enlaça o seu pulso não é apenas adorno; é a representação física de uma conexão que transcende o palpável, uma ponte entre nossos mundos.

Em Toledo, as ruelas sinuosas testemunharam nossos passos, e o labirinto encantado nos desafiou a perdermos não apenas geograficamente, mas em dimensões temporais e espirituais. Ali, a magia do inesperado revelou-se, e nossos destinos dançaram juntos no compasso de uma melodia cósmica.

Ao retornar à Madrid, na Puerta del Sol, entre o pulsar dos relógios e os suspiros da cidade, percebemos que o tempo é um artefato sutil, moldando-se aos desejos de almas entrelaçadas. A Plaza Mayor, com seu charme secular, guardará para sempre as risadas compartilhadas e os olhares que transpassaram as barreiras do convencional.

Esse pedaço de papel é mais do que uma lembrança; é a promessa de que, mesmo quando distantes, estaremos conectados pelos fios invisíveis do destino.

Na Puerta del Sol, nos despedimos, mas leva contigo este mistério: nas entrelinhas deste bilhete, há uma mensagem codificada, um enigma para tua mente curiosa decifrar. As respostas, como sempre, estão nas entrelinhas de nossas histórias, esperando pacientemente serem reveladas.

Que o vento sussurre estas palavras aos teus ouvidos quando estiveres só, e que as estrelas, testemunhas silenciosas de nossos encontros, guiem teus passos pelos caminhos onde a magia é eterna.

Até a próxima página do nosso livro cósmico.

Te extraño, S”

Sincronicidades

Nesse mesmo instante, S estava sentado em um banco do Parque del Retiro. De repente, tirou do bolso o presente que tinha ganhado de Carmen. Ao desembrulhar o papel, se depara com um livro – que é um velho conhecido seu.

Na primeira página, os rabiscos de Carmen deixavam uma dedicatória:

“S.

Que as palavras desse livro ecoem em seu coração como o eco das muralhas da cidade que nos uniu. Que cada página traga de volta o perfume daquela noite e a certeza de que, como Santiago, encontramos os nossos tesouros.

Que esta sincronicidade nos lembre da magia que vive em cada encontro.

E não é a toa que o personagem principal desse livro tem o mesmo nome que você: Santiago.

Com amor,

Carmen Helena”

Próximos capítulos dessa história

Caro(a) leitor(a),

Você deve estar se perguntando se toda essa história que leu é real e se eu realmente vivi tudo isso.

Bom, antes quero deixar claro que a minha vida é parte indissociável da minha obra.

Mas não significa que tudo descrito tenha realmente acontecido comigo - ou pelo menos nessa vida.

E a magia está justamente aí: no mistério do real e do imaginado, do passado e futuro, visível e invisível.

O que você acabou de ler é apenas uma pequena amostra do épico que está prestes a ser desvendado nas páginas do livro que estou escrevendo.

Em meio a encontros misteriosos, sincronicidades e a aura encantada de cidades como Toledo e Madrid, Carmen e Santiago protagonizam uma jornada que vai além da compreensão humana. Cada página é um portal para o extraordinário, onde a poesia se entrelaça com o mistério, e o romance é tingido com a tinta da magia.

Prepare-se para ser cativado(a) por uma narrativa que desafia as fronteiras entre o real e o místico, entre o amor e o destino.

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"Nas palavras de Cynira, encontramos não apenas histórias, mas pedaços de nós mesmos, refletidos no espelho mágico da imaginação."

Com amor,

Cynira Helena - e Carmen.

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