A lebre e a tartaruga: versão era digital
Pitadas de autoconhecimento por meio das fábulas
Olá Viajante!
Ao longo dos últimos dias, escrevi um edição inteira para a Newsletter com a temática do Branding como ponto central, mas minha intuição me mostrou que não era sobre isso que eu deveria falar e eu confiei nela, mesmo ainda não sabendo qual seria o próximo tema..
Então depois de rever algumas fotos das últimas viagens que fiz, lembrei de uma história em particular e tive a confirmação que era sobre ela que deveria escrever.
E eu nunca contei essa história no digital, então será inédita para todas vocês. Também decidi ousar e contá-la em um formato um pouco diferente ;)
Mas antes, já dá o play na música tema do dia para ativar o nosso ritual.
Prelúdio
Eu sou completamente apaixonada por histórias: tanto por ouvi-las, quanto por contá-las.
Mas tem uma lembrança em especial da minha infância que é muito marcante: a das histórias que minha avó Leninha contava. Ela era uma exímia contadora de histórias. Meio estilo Sherazade sabe? A personagem central da obra Mil e uma Noites e que deixava o rei Shahriar ansioso por ouvir a sua próxima narrativa cativante.
Eram tanto histórias da sua infância com personagens inventados para deixá-las mais cativantes, quanto contos infantis populares e outras lendas inspiradas no folclore brasileiro.
Tinha um estilo em específico que me deixava completamente encantada e foi uma das minhas primeiras inspirações como “escritora mirim”: as fábulas.
Fábulas são narrativas curtas que geralmente apresentam animais ou objetos personificados, transmitindo ensinamentos morais ou lições de vida de forma simples e alegórica, com o objetivo de entreter e educar.
Elas frequentemente incluem personagens que personificam traços humanos e situações que ilustram valores éticos ou sociais.
Tenho certeza de que vai se lembrar de algumas dessas fábulas que ouviu na sua infância como “A Cigarra e a Formiga”, “O Gato de Botas”, “O Patinho Feio”, dentre outras.
Então inspirada por essa doce lembrança da minha infância, resolvi escrever uma releitura da fábula “A Lebre e a Tartaruga” para essa era digital e com pitadas de autoconhecimento.
Se vocês gostarem, quem sabe esse formato não vira uma edição mensal ;)
Agora que estamos esclarecidas, vem comigo nessa viagem mágica.
A Lebre e a Tartaruga: versão era digital
Em meio ao turbilhão da cidade de São Paulo, duas empreendedoras digitais viviam em um mesmo condomínio, mas seguiam caminhos bem diferentes no mundo digital.
A Lebre, uma empresária que parecia nunca desligar, corria atrás de cada tendência, consumindo conteúdo freneticamente e buscando sucesso a todo custo.
A Tartaruga, por outro lado, era uma empreendedora que prezava pela autenticidade, consistência e equilíbrio entre trabalho e vida pessoal.
A Lebre, sempre com pressa, via a Tartaruga como lenta e antiquada. Ela insistia que a Tartaruga precisava acelerar seus negócios, seguir fórmulas prontas e se tornar uma "empreendedora de sucesso" a qualquer custo.
Enquanto a Lebre lançava constantemente produtos e cursos, a Tartaruga mantinha seu ritmo, dedicando tempo para criar conteúdo com qualidade e genuinidade. Ela sentia a pressão da Lebre, às vezes duvidava de sua abordagem mais lenta, mas nunca abriu mão de seus valores essenciais.
A Lebre atingiu seu auge durante uma semana de lançamento, ganhando seguidores e visibilidade. No entanto, ela estava exausta, ansiosa, e sua vida pessoal estava desmoronando. Uma crise de pânico a levou ao hospital, diagnosticada com burnout e ansiedade. Seus seguidores, que haviam sido atraídos por promessas vazias, a abandonaram.
A Tartaruga continuou sua jornada de forma consciente e autêntica. Seu trabalho era reconhecido por sua qualidade e valores, tornando-se uma referência em seu nicho. Ela ajudou outros empreendedores a alcançar o sucesso sem comprometer sua autenticidade.
Moral da História:
A fábula nos ensina que se afastar de nossos valores e correr atrás do sucesso a todo custo pode ter um alto preço.
A autenticidade, consistência e autoconhecimento são essenciais.
Cada um tem seu próprio tempo e jornada.
Mais vale a presença e a autenticidade do que a rapidez superficial.
Cuide de si antes de cuidar de seu negócio, e não comprometa o que mais acredita.
Decodificando os símbolos
Como uma entusiasta na arte de decodificar símbolos, vou deixar aqui uma pequena contribuição para quem gosta de saber o significado dos animais. Eu estudo animais do poder e simbologia dos animais já tem um tempo e acredito que todos eles têm um significado.
Tartaruga:
Em algumas culturas indígenas, a tartaruga é vista como guardiã de saberes ancestrais e histórias. Ela representa a transmissão de conhecimento de geração em geração.
Por ser um animal que vive tanto na terra quanto na água, a tartaruga simboliza a ligação entre o mundo terrestre e aquático. Ela nos lembra da importância de manter um equilíbrio entre nossas necessidades materiais e emocionais.
Ela nos ensina a importância de esperar o momento certo para avançar e não se apressar nas decisões da vida.
Lebre:
A lebre é frequentemente reconhecida por sua incrível velocidade e agilidade. Isso a torna um símbolo de movimento rápido, ação e habilidade em superar obstáculos com rapidez.
A lebre, por sua natureza tanto noturna quanto diurna, representa a dualidade e o equilíbrio entre opostos. Ela nos lembra da importância de encontrar harmonia em nossa vida, integrando aspectos opostos.
A lebre é ágil e capaz de se adaptar a diferentes ambientes. Isso a torna um símbolo de adaptação e habilidade em lidar com mudanças e desafios na vida.
Mensagem final
Lembre-se que tudo tem luz e sombra. Muitas vezes nas nossas sombras estão escondidos grandes dons e talentos, que só precisam de um pequeno ajuste no seu “volume” para estar pronto.
Tanto a lebre quanto a tartaruga têm atributos únicos que as tornam exatamente quem elas são. Busque os seus maiores atributos e forças para ter clareza do seu caminho.
E se você sente que precisa de ajuda para encontrar essas respostas, prepare-se que no dia 18/09 vou revelar um projeto ousado e que vai transformar todo o mercado de Branding e Empreendedorismo.
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A jornada da vida nos ensina que a verdadeira sabedoria reside na aceitação e integração da dualidade - a luz e a sombra coexistem, criando a harmonia da nossa própria alma.
Beijos,
Cynira Helena - e a minha versão contadora de fábulas
Ps - vou ficar muito feliz se você comentar aqui embaixo ou responder a esse e-mail com o seu feedback sobre esse formato de texto. Então não tenha vergonha e me conta tudo ;)
Ps 2 - a inspiração para escrever essa história veio desse dia em que resgatamos a própria tartaruga que estava presa em uma rede de pescadores. Foi um encontro muito marcante e que trouxe muitos ensinamentos.
Muitos ensinamentos. Amo seus textos e referências. 🥰💖
Eu amei Cynira! ❤️ Essa fábula é a minha preferida. Gostei muito da versão digital dela!